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O projeto teve como demanda abrigar uma sala expositiva e um espaço para escritório em um terreno exíguo e vizinho de um imóvel já pertencente à Galeria Millan. A comunicação proposta entre os dois edifícios se dá por meio de uma passagem interna e pela configuração de uma praça comum, garantindo assim unidade ao conjunto. Como partido, o projeto posiciona a sala expositiva no térreo e conforma o escritório em um mezanino "solto" das paredes laterais do edifício, de modo que os vazios resultantes de pé direito duplo permitam a entrada de luz natural na exposição através de duas claraboias lineares na cobertura. Assim, o mezanino é como uma ponte que atravessa o interior de um espaço único e comunicado. A superfície expositiva próxima à fachada foi pensada como um painel desmontável, criando a possibilidade de uma comunicação franca entre interior e exterior. Enquanto o perímetro do edifício e seu núcleo de apoio foram construídos em alvenaria e concreto, a fachada, o mezanino e a cobertura foram pensados como estruturas de aço montadas em fábrica, possibilitando maior agilidade na obra.